Quando se é criança, tudo parece ser perfeito. Não existem compromissos além de ter que ir à escola. Quando se é criança, tudo parece ser mais simples. Quando brigamos com nossos melhores amigos, 5 minutos depois voltamos a nos falar, a brincar juntos, sorrir, cantar, escorregar na terra, nos sujarmos juntos e tudo mais. Quando se é criança, nosso coração só ama nossos pais, nem mesmo sentimos um grude por nossos irmãos, muito menos por uma menina. Quando se é criança, temos nojo de beijar, quando ouvimos falar que seremos um lindo casal no futuro, imediatamente fazemos aquela cara de nojo. E dizemos:
- Mas não podemos fazer isso, somos amigos!
Nesse tempo de ser criança, é o tempo que aprendemos como será nossa vida mais pra frente. Como devemos agir com as pessoas, como devemos tratar as pessoas do nosso dia-a-dia. Então se chega a hora de ouvir sobre o amor. Nessa bendita hora nós não entendemos nada do que nossos pais querem nos dizer, mas ficamos lá ouvindo ... então é aí que perguntamos de onde vêm os bebês. E para nos confundir ainda mais, lá vem aquela história da cegonha.
Quando crescemos um pouco mais, descobrimos que essa segonha sequer existe, descobrimos que os bebês não vêm delas. E pinta aquela curiosidade ... aí decidimos descobrir por conta própria.
Descobrimos então de onde eles vêm, então começamos a olhar diferente para outras meninas, na nossa cabeça começam a acumular muitas perguntas, os sentimentos começam a se cruzar, de amigas as meninas passam a se tornarem mulheres lindas, formadas, e então começa a atração.
Quando vemos aquela nossa amiga de antes passar na rua, nosso coração começa a bater de forma diferente, a respiração já não é a mesma, e já não mandamos mais no nosso sorriso, quando nos pegamos, já estamos sorrindo sem perceber. Então descobrimos que esse sentimento tem nome, apesar de muito curto, é muito intenso, o "AMOR". É dessa forma que ficamos felizes, mas nem sempre é assim, nem sempre ficamos felizes por amar alguém. Não sabemos controlar, e então vem o sobrenome do AMOR ... ele se chama "AMOR NÃO CORRESPONDIDO". Mas nesse tempo já não somos mais crianças, já crescemos, nos tornamos outras pessoas, não pensamos mais como antes, não olhamos mais pra nosso pais como antes.
É assim que aprendemos a viver, amar, gostar, agradar, ser rude, aprender a negar quando preciso.
É assim que criamos uma base para esse sentimento. É amando e não sendo amado.
Gabriel Demarque!